O maior desafio proposto a todos nós está em buscarmos compreender os desígnios de um Deus amoroso que pretende direcionar seu próprio povo por caminhos ainda desconhecidos, que apresentam enormes perigos, mas que indica para sua finalidade, que é pô-lo em lugar seguro. Mais que isso, Deus quer que o seu povo tenha também segurança naquilo que vai ter como regra de fé e prática diante de uma sociedade já acostumada com diversidade de crenças.
Diante do plano maior de Deus em levar seu povo seguro a Canaã, temos um enredo fabuloso descrito no Pentateuco a ser descoberto, desvendado. Anos após anos, décadas após décadas, as centenas de anos que se passaram na busca de estudiosos em entender melhor essa fase da caminhada de Deus com seu povo nos leva a mais uma etapa: entender, um pouco que seja, o que está por detrás de cada experiência vivida. Uma coisa é liquidamente certa: jamais desvendaremos por completo os ensinamentos nele contidos, nem todas as lições a serem aprendidas e apreendidas para a caminhada, seja particular, seja com nossa comunidade de fé.
Em primeiro plano, sob a orientação divina que já evocamos, vamos adentrar nas esferas do livro do Gênesis, onde vemos relatada toda a criação do universo e de tudo o que nele há. Para isso precisamos nos preparar com muita disposição e amor à Palavra de Deus de modo a sermos sempre tocados por ela. A dedicação, nesse momento, deve estar misturada com amor e grande desejo de compreender, um pouquinho que seja a experiência de um povo que caminha com seu Deus pela vida afora. Pode ser também requerida como a nossa própria experiência e esperança.
Para tal empreitada precisamos resolver algumas questões que saltam dos textos a serem estudados. Precisamos ter muito bem definidos em nossos corações e mentes alguns pontos basilares da nossa fé, de crenças que ditam os passos que damos em nossas jornadas. Não é uma caminhada fácil, mas somos desafiados a buscar entendimento para compreendermos, por exemplo, sobre as duas narrativas da criação, colocando sempre em evidência o que de fato acreditamos, sendo que temos inferências severas da ciência em apontar para a origem da humanidade, pregando princípios de sua ancestralidade com os animais, por conta de apresentarem certas semelhanças físicas.
Vamos estudar um pouco sobre a Lei dada ao povo para que sua jornada fosse com mais segurança e proteção. Deus, por amor, privilegia seu povo com normas e regras de modo a facilitar-lhe a sobrevivência. A cada passo nos desertos, nos campos, entre pedras, areias e águas, o povo vai adquirindo renovado caráter e nova compreensão de Deus. Personagens e líderes vão despontando na formação dessa nação que, por ora, é nômade e que para exercitar seus ritos cultuais constroem um templo móvel, o Tabernáculo. Um povo que não deixa de invocar e cultuar a Deus pelo fato de estar em viagem constante. Afinal, esse Deus os tinha libertado com mão poderosa diante de um faraó com amplos poderes, acatado como um deus; porém, não como o Deus dos hebreus.
A libertação do povo do Egito era tida como impossível. O faraó tinha arrojados planos para os hebreus, mão-de-obra barata e farta, muito necessária para suas magníficas construções.
Vamos adentrar nesse mundo fantástico das Sagradas Escrituras, em especial no Pentateuco (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio, geralmente chamado de “a Lei”, que integra a primeira parte do Antigo Testamento, encontrado tanto na Bíblia Judaica como na Cristã. Chamados pelos judeus de Sepher Hattôrâ = o Livro da Lei ou simplesmente Hattôrâ = a Lei) e nos deleitarmos um pouco desse hálito que sopra sobre nós particularidades desse Deus tão poderoso que resolve atender aos anseios e clamores de um povo que passa a ser chamado como Seu. No grego, Pentateuchos = livro em cinco volumes.
Uma loja da FABI - Faculdade Batista de São Paulo, feito com carinho para quem gosta de Teologia. =)