PERÍODO INTERBÍBLICO

O conhecimento da história é de fundamental importância no estudo das Sagradas Escrituras. Podemos notar tal preocupação nas passagens bíblicas. Nos escritos proféticos, se nota constantemente a citação dos nomes dos reis, o ano do seu reinado, o local onde o profeta se encontrava e outros dados contextuais (Jr.1.1-3). Tais informações situam a vida do profeta e sua mensagem em um cenário real e historicamente conhecido.

 

Da mesma forma, é de suma importância que tenhamos o conhecimento do contexto histórico que pinta a paisagem dos fatos que desencadearão nos fatos narrados no novo Testamento.

A localização histórica das origens cristãs evidencia seu caráter factual, o que não é possível demonstrar em relação a diversas religiões, cujas raízes estão amparadas em lendas, sonhos e visões.

Assim, o Período Interbíblico, traça a ligação histórica entre o Velho e o Novo Testamento. Tal estudo possibilitará melhor compreensão dos fatores que construíram o cenário político, econômico, social e religioso encontrado por Cristo na Palestina. Ao lermos o Novo Testamento, deparamos com muitos problemas cujos motivos se encontram no período interbíblico.

A Expressão “400 anos de silêncio”, frequentemente empregada para descrever o período entre os últimos eventos do A.T. e o começo dos acontecimentos do N.T. não é correta nem apropriada. Embora nenhum profeta inspirado se tivesse erguido em Israel durante aquele período, e o A.T. já estivesse completo aos olhos dos judeus, certos acontecimentos ocorreram que deram ao judaísmo posterior sua ideologia própria e, providencialmente, prepararam o caminho para a vinda de Cristo e a proclamação do Seu evangelho.

Embora não esteja situados no período interbíblico, os períodos babilônico e persa são importantes na introdução do estudo desse período, pois dos mesmos, desencadeiam-se uma radical mudança na história do povo escolhido. Portanto, iniciaremos nosso estudo a partir desses períodos.